terça-feira, 31 de março de 2009

Tens (aparelho de ondas)






Perguntas, se eu tenho?

Mais é claro que tenho,

Não sabe de onde venho?

E não me venha com desdenho.

Se não entendeu, eu desenho.

Aparelho de ondas, engenho.

Manter-se discreto, empenho.

Se eu vacilar, me lenho.

Você não é entendido?

Ou será que foi um mal entendido?

Se dei a pala e não era, to perdido.

Não acredito em futuro vendido

Dou a idéia e viro bandido?

Quando eu vi a onda, já tinham acendido.

Meu passado é um pano encardido

E o seu silêncio é meu último pedido.

Não acredito que ficou com medo.

Apresento-me e peço que não tenha medo.

Cara inchada, de quem acorda cedo.

Vermelho nos olhos e amarelo no dedo

Minha fumaça é outra, eu labaredo.

Tiro de tempo no álcool é o meu segredo.

Já vira um livro, só pelo enredo

De autor desconhecido: André Argôlo Figueiredo.


André Argôlo Figueiredo

Nenhum comentário:

Postar um comentário