Numa praia ébria, havia um sujeito sóbrio de quem sabe o nome.
As ondas, espumas e águas riscavam abaixo dos pés.
Diziam segredos de quem está do outro lado.
Falaram das valsas, do céu,fizeram cantigas à respeito dos suores e cheiros.
Mas, só àquela ilha tênue,não seria o máximo,para uma existência pequena?
Quem saberá dos descaminhos?
Quem saberá dos encontros,do olho-a-olho, dos dentes, boca, sexo?
Apenas entrevê o acesso do horizonte;abraça algas, conchas...
e sabe esperar as determinações do acaso.
Jurandir Rita