BREVE RESENHA SOBRE O FILME " A GUERRA DO FOGO".
O filme trata de dois grupos de hominídeos pré-históricos: um que cultuava o fogo como algo mágico, sobrenatural e de suma importância e o outro que dominava a sabedoria de como fazer o fogo, fala das raízes do homem, e é ainda uma mistura de simbologias sobre o despertar da razão, das relações humanas e do amor.
Como já foi citado que haviam dois grupos no filme, em termo de linguagem o primeiro não está muito longe dos demais primatas, emitindo gritos e grunhidos quase na totalidade vocálicos. Esse tipo de comunicação se parece com o que Rousseau considera em seu Ensaio sobre a Origem das línguas, como a primeira manifestação de linguagem no homem como expressão de suas paixões, e também dor e prazer. O segundo grupo aparenta ter uma comunicação mais complexa, com sons mais articulados, o que causa um ruído de comunicação entre os dois grupos pois o que é dito por um não é entendido pelo outro. O homem aprendeu a fazer o fogo, e a necessidade de preservação desse conhecimento levou-o a também evoluir no campo da comunicação, no início sua linguagem podia ser meramente gestual, mas logo após ele descobre que os sons também poderiam prestar uma função comunicativa, e a partir do momento em que aprende a diversificar os sons através das articulações, consegue aumentar a comunicação entre eles.
Um pouco de evolução nessa linguagem, serviu então para facilitar a convivência entre eles, e como diria Ferdinand de Saussure “não é a linguagem que é natural ao homem, mais a faculdade de se construir uma língua”.
Texto:Camila Mota